ZÉ RICARDO
Fazenda
Águas Claras
Localidade
Vau
Com a serenidade de quem já viveu muitas histórias e a energia de quem ainda quer fazer mais, Zé Ricardo encontrou no queijo uma nova forma de expressar seu amor pela vida e pela cultura mineira. Depois de muito tempo como professor e editor, ele decidiu mudar completamente de rumo e abraçar a vida no campo. “É um novo estágio de vida. Escolhi o queijo porque ele merece ser tratado com carinho. Ele está acima de nós”, diz ele com reverência.
Sua história com o terreno começou em 1998, mas foi só em 2013 que Zé Ricardo tomou a decisão de dedicar-se ao queijo Minas Artesanal. Nesse intervalo, plantou fruteiras e estudou profundamente o que fazer ali. A escolha pelo queijo não foi por acaso: para ele, é um símbolo da cultura e das raízes de Minas Gerais. “O queijo é patrimônio imaterial, tem uma história que caminha junto com a nossa. Ele foi carregado pelos tropeiros, percorrendo a Estrada Real. É parte viva da história das Minas Gerais.”
A Serra do Espinhaço, com sua biodiversidade única, contribui para o sabor incomparável do queijo produzido na região do Serro, e Zé Ricardo vê nisso tanto um presente quanto um desafio. “Viver de desafios é o que nos faz crescer. Os resultados vêm devagar, mas com constância, e isso me anima muito”. E os resultados que o produtor do Queijo do Val busca não são apenas para ele, mas para todos os envolvidos com a produção dessa iguaria mineira. Zé Ricardo é presidente da APAQS e da Amiqueijo, que é a associação mineira dos produtores. “Temos muitos resultados para conquistar”, diz, lembrando que o último, o de Patrimônio Imaterial da Humanidade, pela Unesco, abriu as portas do mundo para nosso queijo, mas aumentou por demais nossa responsabilidade. E quem tem medo disso?
Prêmios
Medalha de prata no III Prêmio Queijo Brasil